Picada de abelha em crianças: quando se preocupar?

 

Foto/divulgação: banco de dados hospital Pequeno Príncipe 



Picada de abelha em crianças: quando se preocupar?

Entenda quais são os primeiros socorros, os sinais de alerta e as formas de prevenir acidentes graves



Curitiba, 11 de agosto de 2025 – Quando se trata de picada de abelha em crianças, cada segundo importa. A dor aguda é apenas o primeiro sinal. Em casos mais graves, uma simples picada pode desencadear reações alérgicas severas, como anafilaxia. Por isso, saber exatamente o que fazer nos primeiros minutos é essencial para proteger a saúde do seu filho e evitar complicações.

 

O Ministério da Saúde registrou 33 mil acidentes por picadas de abelha no Brasil apenas em 2023. Crianças são especialmente vulneráveis, tanto pelo menor tamanho corporal (o que intensifica o efeito do veneno) quanto pela dificuldade de identificar e comunicar sintomas graves.

 

Segundo a dermatologista Flavia Prevedello, do Pequeno Príncipe — que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país — é fundamental remover o ferrão o mais rapidamente possível. “O ideal é usar uma pinça, mas se não tiver pode usar as unhas, fazendo um movimento de pinça com os dedos”, orienta. Essa etapa é crucial, porque quanto mais tempo o ferrão permanece na pele, mais veneno é liberado e mais intensas podem ser as reações locais e sistêmicas.



Quais são os primeiros socorros para picada de abelha?

Remova o ferrão imediatamente, com pinça ou unhas.

Higienize a área com água e sabão.

Aplique gelo ou compressa fria para aliviar a dor e o inchaço.

Se a criança já tem histórico de alergia, dê um anti-histamínico (sob orientação médica).

Quando se preocupar com picada de abelha em crianças?


Fique atento aos sinais de reações alérgicas, como:

inchaço rápido e intenso;

dificuldade para respirar ou “garganta trancada”;

chiado no peito;

queda de pressão arterial;

tontura ou desmaio.


“Se houver qualquer sinal de comprometimento das vias aéreas, é uma emergência. É preciso levar a criança para o hospital imediatamente, porque pode ser necessário aplicar adrenalina intramuscular”, alerta a dermatologista. Além disso, se a picada for em áreas sensíveis, como olhos ou boca, ou em caso de múltiplas picadas, também é essencial buscar atendimento para receber o tratamento adequado.

 


Qual remédio é bom para picada de abelha ?

Para reações leves ou moderadas, os medicamentos mais usados são anti-histamínicos (antialérgicos); corticoides tópicos ou orais, para diminuir o inchaço e a vermelhidão local; e analgésicos comuns, para alívio da dor.

 

Já em caso de alergia grave (anafilaxia), o tratamento padrão é a adrenalina intramuscular, que deve ser aplicada o mais rapidamente possível.

 

Além disso, é muito importante não utilizar pomadas caseiras, pasta de dente ou álcool diretamente na picada, afinal isso pode irritar ainda mais a pele e não corta o efeito do veneno.



Como saber se meu filho é alérgico?

Nem toda criança que reage fortemente a uma picada é necessariamente alérgica. No entanto, se seu filho já teve inchaço intenso em regiões distantes da picada, dificuldade respiratória após picada de inseto, desmaios, vômitos ou urticária generalizada é essencial consultar um alergista.

 

“Esse profissional pode indicar testes específicos e até prescrever o uso de adrenalina injetável em emergências. No Brasil, ainda não há disponibilidade das canetas autoaplicadoras, mas há como importar sob orientação médica”, realça a especialista.



Como prevenir?

Evitar o acidente é sempre o melhor caminho. Os repelentes não afastam abelhas, então não conte com eles para esse tipo de prevenção. Veja algumas orientações práticas!


Evite áreas com grande concentração de abelhas e redobre a atenção em parques, áreas com flores ou árvores frutíferas.

Não use roupas muito coloridas ou perfumes nesses espaços, pois as abelhas são atraídas por cores e cheiros.

Ensine a criança a não bater em insetos voadores, nem mexer em colmeias, pois o movimento brusco pode provocar ataques.

Mantenha sempre um kit de primeiros socorros em passeios ao ar livre.

 


Sobre o Pequeno Príncipe


Com sede em Curitiba (PR), o Hospital Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atuar em 47 especialidades e áreas de assistência em pediatria, com equipes multiprofissionais.


Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 74% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, realizou 259 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil procedimentos cirúrgicos e 293 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria. Desde 2019, o Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global e contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas.


A atuação em assistência, ensino e pesquisa — conforme o conceito Children’s Hospital, adotado por grandes centros pediátricos do mundo — tem transformado milhares de vidas anualmente, garantindo-lhe reconhecimento internacional. Em 2024, foi listado como um dos 80 melhores hospitais do mundo que atuam com pediatria e, pelo quarto ano consecutivo, foi apontado como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina pela revista norte-americana Newsweek. E este ano, o Hospital foi reconhecido pelo Ministério da Saúde por sua excelência.


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