Santa Leopoldina tem quase o dobro de beneficiários do Bolsa Família em relação a empregos formais
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Arte: Abraão Rios/DN |
Levantamento mostra 1.316 famílias atendidas pelo programa federal contra apenas 670 trabalhadores com carteira assinada no município
Santa Leopoldina – Um levantamento recente revelou um dado preocupante sobre a realidade socioeconômica de Santa Leopoldina. O número de famílias que dependem do Bolsa Família no município é quase o dobro da quantidade de trabalhadores com emprego formal registrado.
De acordo com os dados, 1.316 moradores recebem o benefício federal, enquanto apenas 670 possuem carteira assinada. A diferença reforça a dependência da população em relação ao programa social e evidencia a dificuldade de inserção no mercado formal de trabalho.
O cenário se repete em outros municípios do Espírito Santo. Em Pancas, por exemplo, são 1.824 beneficiários contra 1.207 trabalhadores formais. Já em São José do Calçado, 1.615 famílias recebem o auxílio, número muito superior aos 686 empregados com registro. Situação semelhante é encontrada em Ponto Belo, Presidente Kennedy e Vila Pavão.
Criado para combater a pobreza e garantir renda básica às famílias em situação de vulnerabilidade, o Bolsa Família tem papel essencial em cidades do interior, onde a economia é sustentada principalmente pela agricultura familiar e pela informalidade.
Em Santa Leopoldina, além da agricultura, setores como turismo e pequenos comércios movimentam a economia local, mas ainda não conseguem gerar empregos formais em número suficiente para reduzir a dependência do programa.
Especialistas avaliam que os números reforçam a necessidade de políticas públicas que incentivem a geração de trabalho, o empreendedorismo e a qualificação profissional, de modo a equilibrar a relação entre programas de assistência e oportunidades de emprego.

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