Trump e Lula se reúnem e sinalizam retomada nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram neste domingo (26) durante a Cúpula da ASEAN, em Kuala Lumpur, na Malásia, em um encontro que marcou a reaproximação diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos.

Durante a conversa, os dois líderes concordaram em iniciar imediatamente as negociações bilaterais para resolver os impasses gerados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros neste ano. O governo americano aplicou taxas que chegaram a 50% em determinados setores, o que afetou diretamente as exportações do agronegócio e da indústria nacional.

Trump classificou o encontro como “positivo e produtivo” e afirmou estar otimista com a possibilidade de novos acordos comerciais entre os países.

> “Acredito que podemos fazer bons negócios com o Brasil. Há muito potencial entre as duas nações”, declarou o presidente norte-americano à imprensa após a reunião.

Já o presidente Lula destacou que o Brasil está aberto ao diálogo e à cooperação econômica, mas reforçou que as medidas tarifárias precisam ser revistas para que a relação avance de forma equilibrada.

> “Não há motivo para conflito. O que queremos é uma relação justa, com respeito e benefícios mútuos”, afirmou Lula.

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Negociações imediatas

Segundo fontes diplomáticas, as equipes de negociação de Brasília e Washington devem se reunir ainda nas próximas semanas para discutir um cronograma de trabalho e setores prioritários a serem contemplados em um novo acordo comercial.

Entre os temas em pauta estão o setor agrícola, minérios estratégicos e a cooperação energética, áreas consideradas essenciais na pauta bilateral.

O encontro ocorre em um momento de reajuste no cenário global do comércio exterior, em que os Estados Unidos buscam redefinir alianças estratégicas e o Brasil tenta diversificar seus parceiros comerciais.

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Reaproximação após tensões

A reunião entre Trump e Lula é vista como um gesto importante de distensão diplomática após meses de atrito entre os dois países. A escalada de tarifas e declarações públicas havia provocado incertezas no mercado e pressionado exportadores brasileiros.

Para analistas internacionais, a aproximação pode representar um novo capítulo na relação bilateral, desde que as negociações avancem de forma concreta.

“O diálogo direto entre os presidentes é um sinal de maturidade política e pragmatismo econômico”, avaliou um observador diplomático ouvido pela imprensa internacional.