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Nove em cada 10 empresas entram na era da disputa pelos “superprofissionais”

Stephano Dedini, diretor-executivo da Michael Page (Foto divulgação)


Cenário de instabilidade faz companhias buscarem executivos com nível de qualificação altamente elevado, tornando os processos seletivos mais complexos, com mais etapas, maior número de candidatos e de entrevistas 

 

Nove em cada dez empresas entraram pra valer na era da disputa pelos “superprofissionais”. É o que aponta a Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de média e alta gerência, parte do PageGroup. Segundo os consultores da companhia, o cenário de instabilidade tem levado grande parte das organizações a buscar executivos com qualificação técnica e comportamental elevadas, o que torna os processos seletivos mais exigentes, com múltiplas etapas, mais candidatos envolvidos e entrevistas aprofundadas. 

 

De acordo com Marina Brandão, gerente da Michael Page, há quase que uma unanimidade por parte das empresas em fazerem contratações “100% certeiras”. “Como há um clima de incerteza econômica global, as companhias querem contratar apenas funcionários que “já cheguem rodando” e tragam algum retorno financeiro”, contextualiza a consultora. 

 

Para Stephano Dedini, diretor-executivo da Michael Page, há uma busca acelerada por perfis de profissionais altamente qualificados e com nível de desempenho acima da média. “As empresas estão pedindo perfis mais completos, contendo mais habilidades técnicas e comportamentais. Não basta ter agora oito de dez habilidades. É preciso ter 11 ou 12”, revela o consultor. 

 

Essa busca mais seletiva tem impactado diretamente nos processos seletivos, tornando o processo mais complexo e com tempo médio 15% superior ao verificado no ano passado. “Hoje está mais comum as empresas demandarem um número adicional de candidatos, além daqueles solicitados anteriormente. Isso resulta em mais entrevistas e num tempo maior para concluir o processo”, conta Marina.  

 

Outro aspecto que tem chamado a atenção dos recrutadores é a inclusão de mais etapas no processo seletivo. “Se antes a gente conseguia concluir um processo apenas com uma entrevista, agora o candidato precisa ser entrevistado pelo RH, gestor da vaga e, em até alguns casos, pela área de compliance”, diz Dedini.  

 

A exigência maior das empresas não tem sido traduzida em oferta salarial mais atrativa. Os consultores contam que há uma pressão maior por resultados e isso tem impactado em ofertas salariais nem sempre condizentes às exigências da vaga. “Notamos que as empresas estão mais conservadoras e buscando fazer o famoso ‘mais com menos’. Isso quer dizer que a régua está mais elevada, mas não ligada diretamente a uma remuneração mais agressiva”, finaliza Dedini.  

 
 

Sobre a Michael Page 
 

A Michael Page, parte do PageGroup, é a escolha ideal para empresas em busca de contratação de executivos de alta e média gerência. Com uma expertise sólida nesse segmento, a empresa oferece soluções abrangentes e personalizadas para atender às necessidades específicas de cada cliente. Por meio de uma abordagem consultiva e especializada, a Michael Page identifica os profissionais mais qualificados e compatíveis com as demandas das posições de liderança. Com um amplo networking e uma equipe de consultores experientes, a empresa está preparada para auxiliar nas contratações estratégicas que impulsionarão o crescimento e sucesso das organizações.  
 

Com uma gama soluções para Recursos Humanos, o PageGroup é um grupo inglês listado na bolsa de valores de Londres e está presente em 37 países. Atualmente, seus mais de 9 mil colaboradores atuam em diferentes culturas e mercados, o que contribui para seu conhecimento em 3 esferas: global, regional e local. Os consultores, distribuídos por todo o país em nossos cinco escritórios (São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife), já foram responsáveis pela contratação de mais de 40 mil profissionais no Brasil desde 2001.  

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