CIDADES

Pedidos de moradores de 15 cidades do ES em jogo na Conferência das Cidades

Ellen Campanharo / ALES

Você sabia que a Ciclovia da Vida foi um projeto concebido durante a Conferência das Cidades? Iniciativas como essa serão discutidas neste evento que debaterá soluções inovadoras para tornar as cidades mais preparadas e sustentáveis para se viver. Pensando nesse cenário, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES) convida os municípios capixabas e seus moradores a participarem da 6ª Conferência Nacional das Cidades, um momento essencial para que a população contribua com propostas que melhorem a qualidade de vida urbana. Segundo a presidente do CAU/ES, Priscila Ceolin, a conferência, que é realizada pelo Ministério das Cidades, representa uma grande oportunidade para ouvir as necessidades da sociedade e compreender o que as pessoas realmente esperam das suas cidades.


A conferência, que funciona como um processo de escuta ativa, acontece em diferentes níveis: municipal, estadual e nacional. A cada instância são eleitas as melhores propostas, que seguem para as fases seguintes. Cada cidade tem suas próprias regras e pode convocar os moradores de sua região para que participem e apresentem suas ideias. Movimentos sociais, associações de moradores e sindicatos, por exemplo, podem se fazer representar, criando um espaço para que diferentes setores da sociedade colaborem. 

A participação na conferência é gratuita, e as inscrições, normalmente feitas de forma online, ainda não estão abertas em todos os municípios. Porém, é importante que os interessados se mantenham atentos às informações divulgadas e cobrem dos seus municípios a realização do evento. Já a etapa nacional teve um reagendamento e será realizada em outubro deste ano, em Brasília. 

A presidente do CAU/ES afirma que apesar da instituição também levar algumas ideias para a conferência, a participação da população em geral nos debates sobre como melhorar o ambiente urbano é essencial para essa evolução. “Quando os cidadãos se envolvem ativamente, as propostas não apenas refletem as necessidades reais da comunidade, mas também asseguram que as soluções atendam às expectativas de quem vive e convive na cidade todos os dias”, afirma. 

A conferência se estrutura em torno de alguns eixos principais, como: articulação entre os principais setores urbanos e o planejamento das políticas públicas; gestão estratégica e financiamento; e grandes temas transversais, principalmente ligados às mudanças climáticas e mobilidade urbana.  As propostas devem ser inscritas dentro desses temas, garantindo que as soluções estejam alinhadas com os desafios urbanos contemporâneos. Caso um município não realize uma etapa regional, os moradores podem participar diretamente da etapa estadual. O processo de seleção das propostas varia conforme o regimento de cada cidade, mas, de modo geral, qualquer pessoa pode participar, embora seja necessário pertencer a alguma organização, como um movimento social ou uma associação de moradores, para poder votar. 

Priscila ainda destaca que, apesar da população geral poder participar, o Conselho, ao se envolver no debate, busca agregar nesse momento levando para a disputa projetos que contenham um conhecimento técnico significativo, uma vez que as propostas que forem eleitas deverão ser incorporadas ao plano de ação de cada município, dando sequência à implementação das ideias mais votadas e promovendo mudanças concretas na cidade. “O CAU deseja levar à conferência propostas que não só atendam às demandas sociais, mas que também tragam conhecimento técnico, o que contribui para que as soluções sejam ainda mais eficazes”, explica.
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