Preso suspeito de roubar carga de R$ 140 mil e manter vítimas em cárcere na Serra

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A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Crimes Contra o Transporte de Cargas (DECCTC), subordinada ao Departamento de Investigações Criminais (Deic), prendeu um homem de 36 anos em cumprimento a mandado de prisão preventiva pelo crime de roubo qualificado, no último dia 15, no município de Cariacica. Ele é apontado como um dos envolvidos no roubo de uma carga de eletrodomésticos e eletrônicos, avaliada em, aproximadamente, R$ 140 mil, ocorrido no dia 14 de maio de 2024, no município da Serra.

Um outro suspeito, de 29 anos, já havia sido detido anteriormente durante uma operação da PCES em fevereiro. Ambos são considerados os principais autores do crime. As informações foram repassadas em coletiva na tarde desta quarta-feira (30), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

O superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo, ressaltou os resultados positivos no combate ao roubo de cargas no Espírito Santo. "É importante destacar que, entre os estados da Região Sudeste, o Espírito Santo tem o menor índice de roubo de cargas. Em 2025, já apresentamos uma redução superior a 50%. Até o momento, foram apenas dois casos registrados, contra cinco no mesmo período de 2024. Trabalhamos com inteligência e responsabilidade, e esses resultados refletem isso", disse.

A investigação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Crimes Contra o Transporte de Cargas, DECCTC, e teve como base o trabalho de inteligência e diligências em campo. O chefe do Departamento de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, detalhou a atuação da quadrilha e os desdobramentos da apuração.

"O que chama atenção nesse caso é o nível de planejamento dos criminosos. Antes mesmo de atacarem o caminhão com os eletrodomésticos, eles simularam a contratação de um frete com um caminhoneiro autônomo. Quando a vítima chegou ao ponto combinado, foi rendida por dois homens armados, encapuzada e levada para um cativeiro em Cariacica. Além de roubarem o caminhão baú, eles o usaram como instrumento para a ação principal", explicou o delegado Gabriel Monteiro.

A organização criminosa seguiu para a BR-101, nas proximidades do posto TIMs, onde já monitorava o trajeto de um caminhão que transportava cerca de R$ 140 mil em eletroeletrônicos. "Durante a abordagem, que foi extremamente violenta, estavam no veículo um motorista e dois ajudantes. Os criminosos renderam todos, transferiram parte da equipe para o caminhão roubado e seguiram com os veículos para um local ermo, onde realizaram o transbordo da carga. Até um transeunte que passava pelo local foi abordado com arma na cabeça, feito refém e trancado junto com os demais dentro do baú do caminhão", relatou o delegado.

Ainda segundo Gabriel Monteiro, a vítima sequestrada permaneceu cerca de duas horas e meia em cativeiro. Após o crime, foi levada a outro local e, só então, libertada. "Os criminosos deixaram claro que estavam dispostos a tudo para garantir a impunidade. A forma como trancaram a vítima dentro do baú poderia ter causado uma tragédia ainda maior, com risco real de asfixia", ressaltou.

Dois dos quatro integrantes da organização criminosa foram identificados e presos. Ambos têm passagens por tráfico de drogas e roubo, e são apontados como os mentores do grupo. "Com técnicas de inteligência e investigação aprofundada, conseguimos representá-los por prisão preventiva, que foi decretada pelo Poder Judiciário. Agora, avançamos para identificar e capturar os outros dois envolvidos na ação", informou Monteiro.

O delegado reforçou ainda a importância do combate à receptação para desarticular toda a cadeia criminosa envolvida nesse tipo de crime. "Existe uma lei complementar estadual que prevê a cassação do CNPJ de empresários que adquirem mercadoria oriunda de carga roubada. Além de responderem por receptação qualificada, esses empresários podem ser proibidos de exercer atividade comercial. Essa medida é fundamental para inibir o crime, que gera prejuízo econômico ao Estado e sensação de insegurança à população", complementou o delegado Gabriel Monteiro.


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