Os três casos confirmados da Éris não têm registro de viagem, o que mostra uma circulação da variante local
A variante EG.5 da covid-19, também chamada de Éris, já está circulando no Espírito Santo. A nova cepa foi detectada em três amostras de pacientes da Grande Vitória. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (27) durante coletiva de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A nova variante foi identificada pelo Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES). Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, os três casos confirmados da Éris não tem registro de viagem, o que mostra uma circulação da variante local.
O Espírito Santo registrou um aumento de 26% no número de casos confirmados na última semana epidemiológica para covid-19. Desde 2020, início da pandemia do coronavírus, o estado já registrou um total de 1.341.248 testes positivos.
O subsecretário apontou que, em janeiro deste ano, foi registrado um aumento de notificações de casos de covid-19. No entanto, nos meses seguintes foi observada uma queda sustentada. Em abril e maio, os números voltaram a subir.
“Na semana passada, o estado registrou uma subida no número de casos confirmados. Proporcionalmente, na primeira semana de janeiro as pessoas procuravam mais, agora as pessoas procuram menos, mas a positividade dos testes está maior. Segue o perfil das notificações, com um crescimento nas últimas três semanas”, apontou o subsecretário.
De janeiro a setembro deste ano, já foram registrados um total de 120 óbitos por covid-19 no Espírito Santo. Elevando para um total de 15.112 mortes desde o início da pandemia. Em média, as mortes foram de pessoas com 75 anos, sendo 51% delas entre os sexo feminino. Do total, 68% dos óbitos foi de pessoas que estavam internadas. Ainda segundo os dados, 25% estavam com esquema vacinal incompletos e 10% não tinha registro de imunização.
O subsecretário alertou para a importância da imunização. O Painel Vacinação mostra que apenas 598.159 receberam a vacina bivalente no Espírito Santo. “Temos uma cobertura bastante satisfatória da vacina monovalente. Hoje nosso maior problema é a vacina bivalente. Hoje as pessoas tem procurado menos. O público é acima dos 12 anos de idade. Temos aqui fazendo o reforço na importância de tomar a bivalente. Identificamos que foi a vacina que nos trouxe a segurança de voltar a vida de forma normal como está”, pontuou.
PRIMEIRO CASO NO BRASIL
O primeiro caso no Brasil da Éris foi confirmado no último dia 18, em São Paulo, em uma paulistana de 71 anos. Seus sintomas tiveram início em 30 de julho, e ela recebeu tratamento em uma unidade hospitalar privada, sendo liberada no dia seguinte. Ela também estava com o esquema vacinal completo.
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