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Foto/Divulgação: Adriano Lima Neves |
Esse encontro, que acontece bianualmente, é um momento muito especial para os ex-alunos, que dependendo da época em que ali estudaram, já passaram do 70, 80 e até 90 anos de idade.
Talvez o leitor que não conheça a dimensão dessa tradicional “escola de vida” não consiga perceber a importância que ela teve e tem sobre a formação educacional, técnica e profissional de várias gerações de Santa Leopoldina e região. Assim como Santa Teresa, que é o município onde a escola está localizada, além de Colatina, Itaguaçu, Itarana e Afonso Cláudio, Santa Leopoldina é uma das cidades que mais enviou alunos para essa escola nesses mais de 80 anos de atividade.
A sua história começa em 1940, quando Enrico Ildebrando Aurélio Ruschi, então Chefe do Departamento Geral de Agricultura, Terras e Obras do Espírito Santo, encaminha um relatório pormenorizado ao interventor Federal João Punaro Bley, que administrava o nosso estado no chamado “estado novo”, período em que Getúlio Vargas estava no poder. Esse relatório continha a exposição de motivos para se implantar uma Escola Prática de Agricultura no nosso estado. E o projeto idealizado por Enrico Ruschi, que por acaso era irmão do cientista Augusto Ruschi, foi plenamente aprovado por Punaro Bley. Inicialmente o local escolhido foi uma região plana na divisa entre os municípios de Serra e Santa Leopoldina, em função da proximidade com a capital e com a estrada de ferro que liga o Espírito Santo a Minas Gerais.
Mas, após estudos complementares, foi escolhido como local de implantação da EPA-Escola Prática de Agricultura o município de Santa Teresa, mais precisamente a região onde estava localizada a antiga fazenda da família Pagani e sua usina hidrelétrica, ambas no distrito de São João de Petrópolis, conhecido como Barracão.
Além da fazenda da família Pagani, foram incorporadas algumas pequenas propriedades adquiridas por desapropriação, chegando-se a uma área total de 626 hectares, suficientes para a implementação do projeto, que se tornou o maior estabelecimento rural da região.
A 1ª Turma da Escola Prática de Agricultura foi no período de 1940 a 1942, e o primeiro leopoldinense a estudar nessa instituição foi Altêmio Muller, conhecido popularmente como “Seu Alú”. E logo depois, por força da Lei Orgânica do Ensino Agrícola, que indicava que as escolas agrícolas deveriam funcionar em regime de internato, foram ofertadas as quatro séries do 1º ciclo, o chamado Ginásio Agrícola, e as três séries do 2º ciclo, que já formava Técnicos em Agricultura.
Por volta de 1948, houve a primeira mudança no nome da instituição, passando a se chamar Escola Agrotécnica do Espírito Santo, ano em que foi lançado o jornal O Cultivador.
A partir de 1956 a instituição passou a se chamar Escola Agrotécnica de Santa Teresa, período em que foi inaugurada a rádio agrotécnica, A Voz da Lavoura.
Já em 1964, com nova mudança na legislação, passou a chamar-se Colégio Agrícola de Santa Teresa.
Em 1979, o Colégio Agrícola de Santa Teresa passou a se chamar Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa.
E em 2008, veio a última alteração, com a Lei 11.892, que criou os Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia no Brasil. A agora extinta EAFST tornou-se o atual IFES-Campus Santa Teresa.
Conforme depoimento de vários ex-alunos, nenhuma narrativa consegue nem de longe transmitir o sentimento que sentem em relação a essa instituição de ensino, principalmente os que foram internos, que conservam e nutrem esse sentimento de família até os dias de hoje.
E o 16º Encontro de Ex-Alunos tem exatamente esse intuito: relembrar, celebrar, conservar e nutrir os corações e almas dos ex-alunos com as boas lembranças desse tempo que não volta mais.
Programação
Além da emoção do reencontro com os amigos e de poder reviver todas as memórias, visitando cada cantinho da nossa escola, teremos:
Dia 14/07/2023 (Sexta-Feira):
19:00h: Seresta com Serginho Sambanejo ao vivo, para dançar e se divertir,com completo serviço de bar, em um momento especial para o reencontro e recepção dos ex-colegas;
Dia 15/07/2023 (Sábado)
07:00h: Recepção dos inscritos e atendimento de novas inscrições
07:00h às 09:00h: Café da manhã no Refeitório, revivendo a experiência de ex-interno;
09:00h: Cerimônia de Hasteamento de Bandeiras com execução de Hinos Oficiais;
12:00h às 14:00h: Almoço no tradicional Refeitório, com momentos de descontração com música e prosa;
18:00h: Coquetel antecedendo a hora social, com oportunidade para aquisição do livro “Era nos Tempos da Escola-Vol II”;
19:00h: Tradicional Hora Social com a abertura Oficial, presença de autoridades e atrações culturais/musicais no Auditório (Salão Nobre);
22:00h: Grande Baile da Saudade, com a Banda Máquina do Tempo.
Dia 16/07/2023 (Domingo)
07:00h às 09:00h: Café da manhã no Refeitório, revivendo a experiência de ex-interno;
11:00h: Grande almoço de confraternização com ex-alunos de várias décadas (ENCONTRÃO);
16:00h: Encerramento.
OBS: Os intervalos entre as atividades estão livres para passeios e visitas à área comum da nossa escola, momento propício para matar as saudades!!

Bravo! Estaremos lá!
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