No entanto, lágrimas de resiliência tomaram conta dos integrantes da diretoria quando o cronômetro começou a contar. É que a escola de Consolação perdeu muitos adereços e materiais após o galpão ser atingido pelas fortes chuvas de janeiro e já não havia tempo hábil para recuperar.
No embalo do enredo "Pérolas do Deserto", a Pega no Samba usou o dourado para representar o ouro vendido pelos nômades mercadores dos Emirados Árabes Unidos, país homenageado pela escola este ano.
Outra riqueza representada na evolução da escola foi o petróleo árabe. O pavilhão de Consolação trouxe até a encenação de tempestade de areia em plena avenida. "É um povo que tem uma história de cultura forte e bem característica em um local muito quente. A ideia foi trazer todo esse calor para a avenida também", contou Mauro Marques, coreógrafo da comissão de frente.
A apresentação dos 1.100 componentes contou a sabedoria milenar sabedoria do povo que construiu sobre as areias do deserto um futuro promissor, que lhes deu riquezas e poder para conquistar a imensidão do céu que hoje os guia.
De acordo com o presidente da escola, Danillo Amorim, o processo de estudo em torno do enredo foi enriquecedor para a escola. "Descobrimos com pesquisas que o Espírito Santo tem uma atuação muito forte lá fora. O município de Santa Leopoldina é a maior produtora de gengibre do Brasil e exporta para os Emirados Árabes, assim como outros produtos, entre eles: pimenta do reino, frango, ovos, café e cacau chocolate, que sai de outros municípios do estado", disse.
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