Projeto do Hospital ‘São Lucas’ possibilita que pacientes vivenciem momentos especiais
Tomar sol, comer um sanduíche, ver o mar, ouvir uma música, bordar, pintar e tantos outros desejos que parecem pequenos para quem tem a liberdade de fazer o que quiser fazer. Mas esses são exemplos de ações individuais que têm grande importância para aqueles que enfrentam longos dias de internação hospitalar e foram alguns dos pedidos feitos por pacientes internados no Hospital Estadual de Urgência e Emergência “São Lucas”, em Vitória. A ação faz parte do projeto Experiência do Paciente “O que importa para você”.
O objetivo do projeto é realizar algumas vontades do paciente, desde que seja clinicamente possível, para proporcionar mais conforto, alegria e tornar aquele dia melhor, uma vez que a grande maioria dos participantes está ou vai passar por longos períodos de internação.
“É muito comum que os pacientes peçam por comidas diferentes, como chocolate, bolo e até ovo poché. Sempre que possível e quando a condição clínica do paciente permite nós atendemos. Outra possibilidade são as visitas infantis, sempre muito pedidas. Alguns pacientes que ficam por longos períodos acamados também pedem para ficar um pouco ao ar livre. Então, levamos a pessoa até o heliponto, de onde podem também contemplar a vista da baía de Vitória”, contou a enfermeira Karla Coelho Robert, coordenadora da equipe multidisciplinar.
Para a diretora-geral do Hospital Estadual de Urgência e Emergência “São Lucas”, Cynthia Milanez, o projeto foi uma forma que as equipes encontraram de tornar os pequenos momentos mais felizes e mostrar o quanto a vida do paciente é importante, muito além da doença. “Humanizar o atendimento é também estar presente e mostrar ao paciente que nós estamos preocupados com a saúde mental dele, com os aspectos sociais, familiares, emocionais e não só com o tratamento”, frisou a diretora.
Quem percebeu a atenção diferenciada foi a manicure de Santa Leopoldina Aparecida Müller Souza, acompanhante de um paciente que foi contemplado com um passeio até o heliponto e ainda recebeu alguns livros, já que gosta de ler.
“Estamos indo para casa com o coração cheio de gratidão. Meu irmão teve que ficar internado, longe de casa e nem sempre com companhia, já que moramos no interior. Ele só falava de quanto estava sendo bem cuidado. Contou que viu a praia, tomou sol e até ganhou presente. Ele chegou em estado grave e tivemos muito medo. Agora, além de curado, ele vai para casa mais feliz”, contou Aparecida Müller Souza.
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